das coisas que resolvem um dia
Abril foi mês de muito trabalho, de celebrar a Liberdade e de ter na lista de coisas para fazer o “entregar o IRS”.
Vou ter de deixar de contaminar um mês tão bonito com o portal das finanças. Maio começou cansado mas hoje aconteceram duas coisas perfeitas.
Encontrar uma coisa há muito perdida.
Sofro imenso quando perco uma coisa, mesmo que seja um lápis. Parece que a vida se desorganizou para nunca mais voltar à ordem natural (aquela que não existe mas nós queremos muito acreditar que sim). E se parte do meu cérebro sabe que isto é um exagero, a outra não esquece a coisinha perdida e volta sempre a ela e a esse vazio, cheia de saudades.
Hoje, encontrei um dos poucos anéis que tenho, e que julgava perdido. Um anel muito pequenino, de prata e feito pela Ana Pina, com umas orelhinhas lindas, que se tinha metido entre a madeira e a tela ali de um quadro. Que bom que foi ouvir hoje um tilintar quando o virei ao contrário, e percebi, ainda sem olhar para o anel, que era ele que ali estava já a chamar por mim.
Tirar uma nódoa da roupa
Adorava ter mais jeito para tratar da roupa.
Tudo o que me cai ao colo e faz nódoa fica. São nódoas das que se levam a sério, não saem com nenhum detergente que eu deixe actuar por 15 minutos seguidos de lavagem normal.
Adorava saber tirar nódoas e fazer um bom arroz de tomate.
Hoje, comprei morangos e cheguei a casa com duas nódoas. Uma no saco de pano branco e outra no rabo das calças de ganga. Faço aquilo que nunca resulta. Fui ao google e pesquisei “como tirar nódoas de morangos da ganga”. Enchi as calças com vinagre, deixei actuar por “uns minutos” e quando voltei a olhar para elas, certa da minha frustração, não vi vestígios dos morangos.